quarta-feira, 24 de setembro de 2008

INTERNET: REVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O mundo passa por um enorme avanço tecnológico desde a década passada. É evidente a evolução dos meios de comunicação, bem como as novas propostas de interação cultural que começam a se estabelecer entre os indivíduos.

A internet é o seguimento vital dessa expansão tecnológica. Através dessa “ferramenta” é possível manter contatos com pessoas, falar em tempo real, entre outras possibilidades. Porém, até que ponto isso é saudável?

Financiamentos em muitas prestações e concorrência entre fabricantes facilitaram a inclusão de muitas pessoas no mundo digital. Esse “boom” gerou aumento em todos os âmbitos do setor. Exemplo disso é o fato do Brasil ter registrado a marca de 40 milhões de pessoas com mais de 16 anos acessando a internet, em uma pesquisa realizada em maio de 2008 pelo Ibope//NetRatings.

Outra marca interessante é o fato do brasileiro ser o cidadão que usa a internet por mais tempo, entre os internautas de outros dez países que foram pesquisados pelo Ibope.Porém, existe uma margem dessas pessoas que passam horas no computador e logo ficam “dominadas” ou muito dependentes das ferramentas existentes no micro. Fato é que toda essa tecnologia acaba fazendo parte da vida das pessoas, de maneira que essas se esquecem que existe um mundo fora da tela do computador.

A internet permite que qualquer usuário possa conhecer tudo e muitas pessoas. Em sites de relacionamento é possível interagir com vários indíviduos. Estes sites como o Orkut – que apresenta grande popularidade – é a união de pessoas que estabelecem relações, devido a interesses iguais, em comunidades específicas. Porém, existem pessoas que não possuem vínculo com o Orkut por acharem que é muito perigoso disponibilizar a vida em rede mundial.

O computador, com o tempo, passa a ser o mediador das relações entre os cidadãos. Ferramentas como o MSN Messenger, utilizado por cerca de 75% de usuários de internet residenciais ativos - que proporciona conversas em tempo real entre pessoas - podem ser muito úteis, como no caso de Bruna Cristina, 25, que conversa da cidade de São Paulo com o pai que mora no exterior, usando tal aplicativo. “Não conheço nenhum outro meio, rápido, eficiente e barato para conversar com ele”, afirma.

Os usuários admitem que dependem muito destes meios e que eles causam certo distanciamento entre as pessoas. “Muitas vezes eu uso a internet só para mandar um abraço para um amigo que não vejo há tempos”, diz Denis de Souza,. Esse universitário reforça a idéia de estudiosos da comunicação, os quais afirmam que certos meios sustentam as relações fracas (colegas), onde é possível estabelecer um pequeno vínculo que não carece de grande afetividade.

O gerente de análise do IBOPE//NetRatings, Alexandre Sanches Magalhães, comenta por meio da assessoria de imprensa, “que a relação que o usuário mais jovem tem com a internet é de paixão extrema, ao contrário das gerações que nasceram sem a web”.

Um dado que caracteriza essa dependência ocorreu a poucos dias, quando o “MSN Messenger” precisou passar por uma manutenção, deixando temporariamente o serviço fora do ar. Em outros meios foi possível ver a insatisfação de centenas de usuários. No Orkut foi possível presenciar diversas reclamações, descontentamentos e algumas frases mais exageradas, como a de um rapaz de Minas Gerais - participante de uma comunidade de futebol – que desabafou para os demais membros: “O MSN está fora do ar... Hoje minha vida acabou”. Parece brincadeira, mas como dizem: “toda brincadeira tem um fundo de verdade”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

TER UMA LINHA TELEFÔNICA PODE SE TORNAR UMA DOR DE CABEÇA

Nos últimos tempos, é comum ver nos diferentes meios de comunicação, como jornais e televisão, a discórdia que causou a CPI dos Grampos, onde está sendo feita uma investigação das escutas ilegais ocorridas no Congresso Brasileiro.

O caso estourou depois que uma conversa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres, foi gravada sem permissão e publicada em uma revista. Esse fato foi considerado uma falha no sistema democrático do nosso país, pois violou o direito de duas pessoas conversarem – não importando quem seja -, sem se preocupar com quem está escutando.

Mas se não existe a polícia vigiando as ligações telefônicas da maior parte da população, existe ainda a linha cruzada, a troca de números, redes ocupadas, ou até mesmo um “gato” telefônico. E você tem certeza que suas conversas não estão sendo ouvidas por ninguém?

Um estudo feito pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, mostrou que o setor de telefonia, tanto fixa quanto celular, é o campeão das reclamações no Procon de 19 estados. Sandra Meller, professora, foi uma das pessoas que já brigou contra uma empresa telefônica por culpa de uma fatura com valores suspeitos. “A conta vinha com o valor altíssimo e não tinha como provar que não tínhamos usado o telefone de maneira abusiva. Tinha também números de celular que não conhecíamos”, comenta. A professora, que mesmo encaminhando o caso ao Procon, ainda não conseguiu resolver a situação. “A empresa entrou em contato conosco e disse que estava tudo correto. Como poderíamos provar o contrário? Não conseguimos provar nada, mas também não pagamos a conta”, comenta.

O caso de Sandra é muito corriqueiro, e na maioria das vezes, termina sem solução. “A empresa cortou o telefone definitivamente e o nome do meu marido ficou sujo. No final, tivemos que pagar as faturas para pegar outro número de telefone”, disse a assinante de uma linha telefônica. Sandra ainda comenta que acredita que seu telefone não foi clonado, e esse episódio não passou de um erro da própria empresa telefônica. “Nos sentimos de mãos atadas, pois não tinha como provar que aquelas ligações não eram nossas. Uns verdadeiros ‘idiotas’ sendo enganados por uma empresa tão grande. Infelizmente, tivemos que nos submeter a eles para conseguir outro número, e assim acontece com muita gente”, relata.

Mas diante de uma situação como a de Sandra, a primeira pergunta que pode vir à cabeça é: mas o que acontece para uma linha de telefone dar tantos problemas?
Um ex-funcionário da Telefônica, que solicitou a não divulgação do seu nome, para saber como funciona a manutenção das linhas. Ele conta que a empresa possui acesso a todas as linhas telefônicas através de caixas controle instaladas na rua, e que “o empregado pode, através das caixas, usar todas as linhas existentes. Porém, a Telefônica possui uma linha exclusiva em cada caixa, chamada linha piloto, onde o funcionário faz as ligações que precisa sem ter que utilizar a de terceiros”, explica.

Acontece que nem todos os funcionários respeitam essa regra. “Têm aqueles que se aproveitam para usar a linha do assinante para ligações pessoais. Na maioria dos casos são para celulares ou para doações. Quando isso acontece, quem paga a ligação é sempre o assinante da linha”, conta o ex-funcionário.

“Uma vez estava no telefone com uma amiga até que deu uma linha-cruzada. A conversa parecia ser séria, pessoas marcando uma reunião, sei lá. No fim, depois de ficar gritando para ver se as outras pessoas escutavam, nem aconteceu nada”, conta Beatriz Satie, que ainda completa: “ficamos brincando com o diálogo, interpretando o que podia ser a conversa deles. O pessoal nem sabia que estávamos escutando e ainda zoando com eles”.

A linha cruzada pode ocorrer por vários motivos. “Um deles é o caso de um empregado que está fazendo a manutenção, e por descuido, inverter os pares de algumas linhas, o que com certeza vai provocar o cruzamento. Até mesmo a má instalação interna pode ocasionar esse problema”, explica o ex-funcionário. Esses casos valem para nos lembrar como a linha telefônica pode ser frágil. Desconhecidos podem escutar uma conversa, tanto de assuntos delicados, como piadas entre amigos e parentes, sem ninguém ficar sabendo. Esse fato mostra o quanto o telefone, representando suas linhas, é um aparelho sujeito a defeitos como qualquer outro.

O “gato” telefônico também pode acontecer, deixando um buraco enorme nas faturas de certas linhas, e o bolso de algumas pessoas mais vazio. Para evitar fraudes, o conselho é que todo assinante tenha o controle do seu gasto mensal. “Caso desconfie que haja problemas, é só pedir uma inspeção. Diversas vezes, é possível achar o chamado ‘gato’ telefônico, que são pessoas usando a linha de outra indevidamente”, diz o ex-funcionário.

Para Sandra Meller, essa desconfiança e aviso à companhia não foram suficientes para que a empresa acreditasse que aquele gasto não era real. “A conta era cobrada em pulsos, então como a gente ia saber quantos minutos estávamos gastando? Chegou um momento que eu, meu marido e minhas filhas usávamos o telefone marcando os minutos das ligações. Foi a solução que encontrei para mostrar que aquela conta não era normal”, diz.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

CANDIDATOS SÃO OBRIGADOS A RELATAR SEUS BENS

Os candidatos que disputam a Prefeitura e a Câmara dos municípios declararam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um relatório discriminando o saldo dos recursos e os gastos eleitorais. Esse tipo de sistema foi instituído pela Resolução do TSE n° 22.715 de 2008 e criado pela Justiça Eleitoral para auxiliar na elaboração da prestação de contas das campanhas e dos comitês financeiros.

Na Zona Oeste da Grande São Paulo, os candidatos relataram qual a origem das verbas que possuem para gastar na eleição municipal, assim como o destino desse dinheiro. E é perceptível que os contemplados com uma grande quantia investem ‘pesado’ na produção de jingles, vinhetas e slogans. Já os que não foram apadrinhados pelos partidos dão preferência à publicidade em materiais impressos – os famosos santinhos.

Dentre todos os candidatos que concorrem à prefeitura, alguns se destacam pelo valioso recurso destinado à campanha eleitoral. Poucos foram agraciados pelos partidos, outros tiveram ‘ajuda’ de pessoas físicas e muitos foram obrigados a bancar a candidatura com recursos próprios. Com R$ 800 mil na conta, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), se destaca entre os demais candidatos da região Oeste da Grande São Paulo. O segundo lugar ficaria com Francisco Rossi (PMDB), R$ 440.500,00, seguido por Rubens Furlan (PMDB) de Barueri, com R$ 136.007,56. Os três receberam verbas dos partidos.

A cientista política, Maria do Socorro Braga, comenta que esses grandes valores são destinados somente pelos partidos, pois os candidatos só podem receber doações financeiras até uma certa quantia. “Pela legislação, o candidato não pode ultrapassar um certo valor de recursos recebidos de pessoas físicas. Quando isso acontece, o restante vai para o partido que decide qual a melhor forma de distribuição”.

A publicidade na TV e no rádio são muito caras. Por isso, os candidatos com verbas insuficientes para pagá-la não perdem tempo e investem na propaganda impressa. De acordo com o que foi declarado no site do TSE, dos 20 candidatos da região Oeste que relataram o que fazem com a verba – o nome de alguns (Celso Giglio (PSDB), Braz Paschoalin (PSDB), Cezar (PSDB) e Aristides (PPS)) não aparecem no site, mas o Tribunal já declarou que está com problemas para atualizar a página na Internet – oito estão investindo em propaganda impressa. Já os ‘ricos’ caminham para o lado mais expressivo – Emídio de Souza investiu R$ 200 mil na produção de jingles, vinhetas.

De onde vem o dinheiro que as legendas ‘doam’ aos candidatos? Para essa pergunta, Maria do Socorro explica que existem três possibilidades. “Os partidos recebem doações de empresários que são filiados, e também existem as festas que são promovidas. Porém, a maior quantia vem do Fundo Partidário”. O Fundo Partidário é um sistema no qual o governo federal repassa 5% dos fundos - provenientes do Orçamento da União e da arrecadação de multas eleitorais - aos partidos que tenham seus estatutos registrados no TSE, e 95% às legendas na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.