sábado, 24 de março de 2007

O NOVO PROFISSIONAL DO JORNALISMO

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação estão transformando a prática do jornalismo

A invenção de Gutemberg, no ano de 1456 d. C., acelerou o desenvolvimento humano. A partir do surgimento da máquina de imprensa,a propagação das idéias, do conhecimento científico e do progresso mudaram,consideravelmente, o mundo. A criação do tipo móvel de letras na placa de prensa, abriu novos horizontes e derrubou mitos e crenças, dando às pessoas o direito de pensar, aprender e escolher caminhos melhores.

A partir da década de 1970, o mundo conheceu o sistema de conexão por meio de computadores. Hoje, conhecido como a Rede Mundial de Computadores, Internet, WWW ou WEB. E, não demorou muito para se tornar o meio de comunicação predominante na sociedade.

Por esta razão, pessoas e empresas procuraram tirar o máximo de proveito dessa nova ferramenta. E, não ocorreria diferente com as empresas jornalísticas. Seu uso é cada vez mais, freqüente no preparo de pesquisas, entrevistas e em redações. É verdade, ainda, que os jornais estão se mobilizando para atender os clientes internautas.

Esse novo veículo tem influenciado as rotinas jornalísticas, e levado à criação de edições jornalísticas na Internet, complementares ou substitutas das edições impressas, radiofônicas e televisivas que está sendo chamado por jornalismo on-line.

É certo, que a Internet facilita a pesquisa de conteúdos. Veio somar ao rádio-escuta, canal no qual se apura a veracidade dos fatos. Contudo, o repórter é o protagonista na elaboração e divulgação das notícias.

Compreende-se, muito bem, pois, que um computador – eventualmente, um laptop – e uma conexão com a Internet possibilitam ao repórter acessar de qualquer ponto do mundo, seus próprios arquivos ou milhões de banco de dados sobre os mais diferentes assuntos. Fotografias tomadas em câmeras digitais, ligadas ao equipamento viajam milhares de quilômetros à velocidade da luz.

Navegar pelo ciberespaço, sem limites, pode estar muito distante da imagem do jornalista tradicional com seu caderninho de anotações. Por isso, a geração de repórteres envolvidos nesse novo campo do jornalismo digital, diferencia-se das gerações anteriores. Não apenas pelo domínio da informática. Como, também, pelo conhecimento em tecnologia para construir banco de dados, operar com planilhas de cálculo e conhecer métodos estatísticos computadorizados.

Entrevistar por e-mail ou pelo Chat, sem duvida, pode facilitar o trabalho do reporte e do entrevistado. As perguntas podem ser enviadas e recebidas com economia de tempo, transporte e dinheiro. Desde que, seja respeitado o prazo estipulado por ambos.

Para o jornalista, foi bom porque ampliou as oportunidades de trabalho. Porém, esse novo ambiente virtual passa a exigir novas habilidades, por exemplo, rapidez, saber selecionar e apurar a informação em tempo real, domínio de informática, usar programas de software que monta vídeo, áudio e texto, trabalhar com editor de texto, entre outras. Manter-se atualizado com as Novas Tecnologias de Comunicação e Informação é imprescindível para a prática do jornalismo.

Contudo, a função, “sagrada”, do repórter continua sendo a mesma: sair ao campo de investigação. Ele é acima de tudo, um caçador de notícias. Um observador atento dos fatos. Deve ir e estar, prioritariamente, a onde os acontecimentos ocorrem.