sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A INTERNET APROXIMA AS PESSOAS

Recorrer à tecnologia para encontrar relacionamento sério ou por mero prazer casual já é uma realidade na sociedade pós-moderna.

Recurso virtual
Foi se o tempo que para conhecer pessoas e matar saudades usava-se, apenas, o envio de cartas, telefonemas ou deslocamento de automóvel. Com o surgimento do microcomputador e o avanço dos recursos de informática os indivíduos estão se comunicando mais e por um custo menor. O estudante, João Guilherme, 19 anos, diz: “no domingo fico na Internet quase o dia inteiro, porque a gente paga apenas um pulso de telefone. Faço trabalhos escolares, teclo com minha namorada e amigos”.

Coisa do passado
Ficar triste e carente não é coisa dessa geração. As pessoas estão se conhecendo e mantendo relacionamentos por intermédio de computadores. Curioso, diferente, estranho? Para alguns sim. Mas, a verdade é que está na moda marcar um encontro ocasional ou uma relação mais profunda com a ajuda do recurso virtual. É isso mesmo, a tecnologia está ajudando no encontro de casais tanto local quanto global. Marcela Pinheiro, 27 anos, confessa: “no começo não acredita que era possível encontrar um grande amor pela Internet. Hoje estou noiva com um rapaz que mora noutra cidade, graças ao bate-papo no computador”.

Cadastro
Os sites especializados em relacionamento, paquera, namoro e casamento cobram uma taxa mensal por esse serviço. O candidato faz o cadastro e informa as características do pretendente. O site encarrega de pesquisar em seu banco de dados alguém com o perfil solicitado e, encaminha para o e-mail a mensagem que foi encontrado uma pessoa com as qualidades solicitadas. Aí, é só entrar em contato com seu pretende virtual e marcar aquele encontro. Também, existe o bate-papo em sites gratuitos que são bastante freqüentados.

Aldeia global
Não é de se estranhar que a Internet tem sido uma alternativa favorável à comunicação. E, sem dúvida, atualmente, a mais usada. O cientista Marshall Mcluhan em 1968 delineou o conceito “aldeia global”. Ele escolheu a palavra aldeia por que é um lugar onde as relações humanas são desenvolvidas com proximidade, vizinhança e intimidade. Para Mcluhan, este modelo de comunicação adquire uma dimensão global graças à mediação da tecnologia. A experiência de Aretha Medeiros pode confirmar essa tese, “Morei dois anos em Londres e matava a saudade de minha família e amigos pelo sistema de comunicação on-line (MSN). Além das mensagens podia vê-los pela webcam. Tinha a impressão que estavam ali todos juntos compartilhando da mesma intimidade. Isso é maravilhoso”.


Cuidados
Os navegadores do ciberespaço devem se precaver de alguns intrusos de privacidade. Cuidado é a palavra chave. Para evitar internautas má intencionados não abra e-mail de desconhecidos; não informe dados de conta bancária ou cartão de crédito; verifique se o site aberto é o oficial da empresa e instale um bom antivírus.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SAIBA MAIS SOBRE A LER

Com o advento da tecnologia, tornou-se mais frequente o atendimento de pessoas com Lesão por Esforço Repetitivo

Conhecida popularmente por LER, a Lesão por Esforço Repetitivo atinge a muitos brasileiros que exercem funções repetitivas em seus trabalhos. Como os digitadores, pessoas que trabalham em linha de produção e até mesmo os atletas são alvos da tendinite, bursite entre outras doenças. Elas podem deixar a pessoa impossibilitada para o trabalho, e por isso é importante precaver-se para não sofrer nenhuma lesão.

O maestro e pianista, João Carlos Martins, 68, um dos maiores pianistas brasileiros de todos os tempos, luta desde a juventude para superar problemas que foram se acumulando em suas mãos. Além, de levar um tombo em Nova York, e ter o braço direito perfurado. Sofre com a Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Ao todo, passou por nove cirurgias nas duas mãos. Desde janeiro, toca piano com todos os dedos da mão esquerda e um dedo da direita.

Engana-se quem pensa que a LER é uma doença da modernidade. Ela existe há mais de 100anos e era considerada a doença dos escribas, ou seja, pessoas que escreviam a mão. Mas foi na década de 90 que a sigla ficou mais popular – devido ao contínuo desenvolvimento tecnológico, como por exemplo, o uso constante dos computadores.

Atualmente as Lesões por Esforço Repetitivo são chamadas de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DOTR). São termos usados para distúrbios ou doenças desenvolvidos no ambiente de trabalho que comprometem o sistema muscular e esquelético .

"A LER, ou DOTR, evoluíram em nível mundial, pois as doenças estão relacionadas com atividades repetitivas feitas com as mãos,e o uso dos computadores vem contribuindo para o desenvolvimento dessa síndrome." Explica o fisioterapeuta Francisco Sales.

Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores agravantes:

Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da síndrome. Sensação de peso e desconforto no membro afetado.
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor é mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente.
Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente.
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento.

Algumas das medidas de prevenção é Sentar-se corretamente na forma anatômica, com as plantas dos pés totalmente sobre o chão, os braços apoiados no apoiador da cadeira e exercícios de alongamento de mãos e braços; adequar-se aos postos de trabalho com uma postura correta, realizando pausas programadas, ginástica laboral, revezamento de atividades entre outras. Lembra a fisioterapeuta Sorhai Nakamura.

Os esportistas, jogadores e funcionários que trabalham em indústrias ou em uma esteira são vulneráveis às lesões. E, o grande culpado pode ser a exigência pela alta produtividade, que costuma exigir um ritmo acima do normal dessas pessoas. Por isso, é importante ter postura, porque no final da atividade é possível adquirir lesões que poderão agravar com o tempo.

Assim que é percebido esses distúrbios O funcionário deverá procurar o coordenador ou o técnico de segurança do trabalho de sua empresa, a fim de comunicar- lhe a situação e solicitar mudanças no seu posto de trabalho. Também deve fazer pausas, alongamentos e revezamento de suas atividades, para diminuir o desconforto existente em sua coluna e musculatura", orienta Nakamura.

Quando a pessoa desenvolve a doença, se seguir os procedimentos médicos, dependendo do estado da lesão existe a probabilidade de cura. "Caso contrário o melhor tratamento é o afastamento das atividades quando possível. Já que, a automação do trabalho humano exige rapidez nas funções que agrava a lesão, podendo deixar o trabalhador incapacitado", afirma Francisco Sales.