quarta-feira, 24 de junho de 2009

A CADA DIA AUMENTA A PROCURA POR CURSOS OFERECIDOS PELA MODALIDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA

Novo formato permite que aluno não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de aprendizagem

Nas últimas décadas, a Educação à Distância (EaD) passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podem frequentar um estabelecimento de ensino presencial. Segundo a tutora presencial (que acompanha os alunos nos encontros presenciais), Jackline Roberta “o EaD possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos”.

No dia 28 de abril de 2009, o repórter da Rede Globo de Televisão, Alan Severiano, esteve visitando várias Instituições que oferecem Ensino à Distância para escrever uma série de reportagem que foi exibida pelo Jornal Nacional. Ao visitar o Pólo de Educação à Distância da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), localizado no Bairro da Penha-SP. Comenta que “a fórmula para encurtar a distância desses tipos de cursos é aumentar a interatividade”.

Para a tutora presencial, Rosana Auricchio, “o EaD é uma modalidade de ensino que abrange a cada ano maior número de pessoas que visam crescimento profissional”.

Os cursos oferecidos por essa modalidade possuem um formato bem diferente dos tradicionais. Os encontros presenciais ocorrem uma vez por semana. Os alunos recebem as informações da aula via satélite por um professor (Tutor eletrônico). E, ainda existe a possibilidade dos alunos tirar as dúvidas pela Internet, no mesmo momento que ocorre a transmissão da aula via satélite. Além dessas ferramentas, existem várias maneiras de se fazer conexões, por exemplo, os correios, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod e o notebook.

Para Coordenadora, Sirlene Elias, Escola João 23, “a globalização, o crescimento do mercado, as necessidades de estar bem atualizado e com uma formação profissional é indispensável. E os alunos que possuem tempo escasso, principalmente nos grandes centros, o EaD proporciona oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONSIDERADO O MAIOR JORNALISTA-LITERÁRIO DO MUNDO, ESCREVIA SOBRE A VIDA DE PESSOAS ÂNOMIMAS

O livro o Segredo de Joe Gould, de Joseph Mitchell, é o marco inicial do gênero de romance não-ficcional

Encontrar bêbados, desdentados, paupérrimos, meretrizes, fazia parte do trabalho de Mitchell. Segundo a jornalista Renata Carraro “a característica de narrar suas histórias é uma aula de estilo literário e entrega jornalística”. A contemporização dos diálogos, a reconstrução das cenas, a partir dos depoimentos dos acusados e dos dados levantados pela perícia, permite que o leitor acompanhe os detalhes do caso como se estivesse presente no momento em que ocorreram.

Mitchell apresenta uma notável história e o perfil de um boêmio nova-iorquino que foi publicada também em dois estágios, um antes e outro depois da morte do protagonista. Vale lembrar que esta obra foi publicada pela primeira vez no jornal americano "The New Yorker" em diversas edições. A edição primorosa do genial William Shawn contribui de maneira substancial para transformar este livro em uma obra-prima. É importante ter em mente, ao ler o livro, que ele é, antes de qualquer coisa, uma reportagem jornalística romanceada e não um romance com viés jornalístico.

Essa experiência literária só se tornou possível pelo pioneirismo da "The New Yorker" e do seu editor William Shawn. Joseph Mitchel era um repórter jornalístico que gostava de retratar os anônimos, mostrando o quanto a vida considerada banal pode ser extraordinária. Sua série de entrevistas com o boêmio Joe Gould no início da década de 1940 resultou na publicação de um artigo na revista The New Yorker intitulado "O Professor Gaivota". Gould, que tinha apenas 53 anos, aparentava ter quase 70.

Era um homem de baixa estatura, cabeludo e barba densa. Vestia roupas doadas, andava com poucos dólares no bolso e péssima higiene pessoal. O que diferenciava dos outros boêmios é que circulava nas rodas culturais da cidade. Ganhou diversos apelidos e o mais conhecido deles - professor gaivota - devia-se a uma performance que costumava fazer em festas e eventos sociais imitando uma gaivota e falando "gaivotês". Gould afirmava poder compreender a linguagem das gaivotas e comunicar-se com elas. Apesar de parecer um vagabundo que filosofava ao léu, o boêmio trabalhava diariamente escrevendo um livro que denominava "Uma história oral de nossa época".

Segundo seus relatos, a obra era onze vezes maior que a Bíblia e contava com cerca de nove milhões de palavras. Era um registro de tudo o que Gould via e ouvia. A dedicação para escrever seu livro chamou atenção do jornalista Joseph Mitchel, que passou vários anos de sua vida convivendo com Gould, tornando-se uma espécie de ouvinte, parente e referência para aquele homem que carecia de atenção e do suprimento de suas necessidades básicas.

O livro divide-se em duas partes, sendo a primeira o texto integral da citada reportagem publicada na revista em 1942 e a segunda um depoimento mais extenso de Mitchel sobre seu longo contato com Gould. Ao ler o livro percebe-se que os dois textos são bem diferentes, traçando dois perfis de um mesmo homem. A sensibilidade de Mitchel e sua notável habilidade em descrever seus contatos com o boêmio nova-iorquino fazem com que o contato do leitor com o que poderia ser considerado corriqueiro ou mesmo trivial transforme-se em uma verdadeira obra de arte.

Uma das passagens mais emocionantes do livro trata do período em que Gould recebeu um patrocínio anônimo durante alguns anos. A benfeitora não queria revelar sua identidade e doava uma quantia mensal que garantia ao boêmio hospedagem modesta, alimentação e outros produtos básicos. Intrigado com o anonimato do patrocinador passou algum tempo desconfortável com a situação e tentou de diversas formas descobrir quem estava por trás da boa ação. Passados alguns anos, quando já havia se conformado com o mistério, sem dar nenhuma explicação, a mulher parou de enviar o patrocínio. Essa atitude deixou o boêmio amargurado e ainda mais infeliz do que quando não conseguia descobrir de onde vinha o dinheiro. Além de nunca ter sabido quem o ajudara, também ficou sem pistas sobre os motivos que levaram à suspensão do suporte financeiro.

Era um morador de rua. Um auto-proclamado boêmio. Uma dessas figuras sui generes que aparecem nos centros das grandes cidades por aí. Joe Gould tem um segredo. Um segredo espalhado pela cidade. Ele guarda manuscritos daquilo que chama a "História Oral de Joe Gould". Um livro que clama ser o maior do mundo, a história das vociferações humanas. Um apanhado do que pode ser a explicação das dores, sofrimentos e da solidão de quem hoje vive preso à rotina do concreto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A cada dia aumenta a procura por cursos oferecidos pela modalidade de Ensino a Distância

A Educação a Distância (EaD), em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.

Educação a distância (chamada de teleducação) é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz.

A EaD deve ser vista como possibilidade de inserção social, propagação do conhecimento individual e coletivo, e como tal pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesta direção que a Universidade vê a possibilidade de formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a oportunidade de ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a disponibilidade para investir nos estudos.


A interligação (conexão) entre professor e aluno se dá por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet, em especial as hipermídias, mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.

Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Atualmente, possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos.


Com a globalização, o crescimento do mercado, as necessidades de estar bem atualizado e com uma formação profissional é indispensável. Vem proporcionando uma ampliação no mercado do ensino à distância, o que torna-se um desafio tanto para o educador quanto para o educando. Tem como objetivo orientar e facilitar a vida de alunos, nos quais possuem o tempo escasso, proporcionando oportunidades de aprendizagem àqueles que até então, não tinham disponibilidade necessária para um curso presencial.

Veja alguns termos:

Secretaria de Educação a Distância (SEED): Secretária de Educação a Distância. O programa SEED foi criado em 1998 em resposta às necessidades enfrentadas pelos países em desenvolvimento quanto às tecnologias de informação e de comunicação, para o desafio da educação científica ao redor do mundo, e em reconhecimento aos recursos no auxílio de desafios.
Portifólio: Instrumento que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos estudantes, durante um curso ou uma disciplina.
Fórum: Reunião ou local de reunião sobre tema específico ou para debate público.
Download: Significa copiar determinado programa ou arquivo da internet para seu
computador.
E-learning: Processo de aprendizagem a distância via internet.
Hypertexto: É uma forma não linear de apresentar e consultar informações. Vincula as informações contidas em seus documentos, criando uma rede de associações complexas através de hyperlinks ou links.
On-line: Estar conectado na internet.
Tutor eletrônico: Ministrante do curso a distancia, que ajudará quando surgir uma dúvida, realizar um exercício ou desenvolver uma pesquisa.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AMIGO INSATISFEITO

A exemplo, desse homem, existem milhões de brasileiros que esperam mudanças urgenciais e efetivas

Era mais dum dia de pesquisa de campo para escrever mais um texto para meus leitores. Como sempre, saí sem pauta. Porém, esperava encontrar algo que valha a pena. E, no dia 04 de junho de 2009 fui para o Shoppin da Lapa localizado na Rua Guaicurus, esquina com a Rua Catão, 72.

O Shopping Center Lapa passou por uma completa reestruturação, despontando, em 2005, como um dos shopping centers que mais cresceram na região. O empreendimento está mais moderno, de fachada nova, com cinema de última geração, completa praça de alimentação e ambiente totalmente revitalizado. Atualmente com 105 lojas, consegue atrair mais de meio milhão de consumidores/mês da sua área de influência.

Ao percorrer as lamedas escolhi um cantinho para sentar e esperar alguém bom de prosa e com boa memória. Fiquei sentado por 5 minutos, levantei e após uma volta me dirigi para o mesmo lugar. Já havia analisado que ali seria ótimo para conversar com alguém pela tranquilhidade e sossego aparente.

Ao meu lado, porém de costas, estava um senhor e eu puxei uma conversa. Ele levantou, virou e sentou-se ao meu lado e começamos uma boa conversa que duraria mais de duas horas. Nos apresentamos e começamos a dialogar sobre política, economia, futebol, casamento, automóvel, entre outros assuntos.

O senhor Valdeci Pires estava insatisfeito com um velho amigo. A minha surpresa era que este senhor de 65 anos foi amigo íntimo do Presidente Lula. Fez parte do movimento sindicalista do ABC Paulita, na época liderado pelo atual presidente. Lembra que esteve nos momentos mais críticos e difíceis de perseguição à liderança sindical. "O lula traiu nossa confiança. Prometeu que defenderia nossa classe, mas em seus dois mandatos não fez nada, nada". Diz

Pernambucano, aposentado,cabelos grisalhos, barba feita, baixa estatura, continua apresentando seus motivos de mágoa do seu conterrâneo "para mim sempre foi motivo de orgulho, ajudei antes das eleições porque ele me parecia ser uma pessoa muito ética", disse.

Apesar do ceticismo do nosso representante no Brasil, os brasileiros tinham esperança de que as coisas iam mudar no governo dele. As promessas de campanha não foram cumpridas e os problemas, já conhecidos de todos, continuaram e agravaram em seu mandato. Por exemplo, segurança pública, corrupção, falta de políticas sociais, deficiência no sistema de saúde pública, falta de vagas e recursos financeiros no ensino público; falta de emprego a milhões de brasileiros; aposentadorias milionárias de poucos e as aposentadorias miseráveis de milhões de pessoas; alto valor das custas processuais e a morosidade dos processos em andamento no Poder Judiciário; melhoria do transporte público nas grandes cidades; falta de água tratada e esgoto em boa parte das residências; meio ambiente; população rural que busca um terra para sobreviver; sonho da casa própria; grande número de favelas; aumento da dívida pública; o risco da volta da inflação, corrupção em todas áreas do governo, etc.

O Senhor pires desabafa: "Contribui com o INSS sobre dez salários mínimos. Hoje recebo 5 salários. E o Presidente Lula é ao meu ver o grande responsável por isso. Ou seja, o que se ver é a falta de comprometimento responsável e muita maquiagem "lulista" para beneficiar em primeiro lugar sua família, seus amigos e o PT." Conclui.