sábado, 24 de fevereiro de 2007

INTERNET APROXIMA PESSOAS

Recorrer à tecnologia para encontrar relacionamento sério ou por mero prazer casual já é uma realidade na sociedade pós-moderna.

Recurso virtual
Foi se o tempo que para conhecer pessoas e matar saudades usava-se, apenas, o envio de cartas, telefonemas ou deslocamento de automóvel. Com o surgimento do microcomputador e o avanço dos recursos de informática os indivíduos estão se comunicando mais e por um custo menor. O estudante, João Guilherme, 19 anos, diz: “no domingo fico na Internet quase o dia inteiro, porque a gente paga apenas um pulso de telefone. Faço trabalhos escolares, teclo com minha namorada e amigos”.

Coisa do passado
Ficar triste e carente não é coisa dessa geração. As pessoas estão se conhecendo e mantendo relacionamentos por intermédio de computadores. Curioso, diferente, estranho? Para alguns sim. Mas, a verdade é que está na moda marcar um encontro ocasional ou uma relação mais profunda com a ajuda do recurso virtual. É isso mesmo, a tecnologia está ajudando no encontro de casais tanto local quanto global. Marcela Pinheiro, 27 anos, confessa: “no começo não acredita que era possível encontrar um grande amor pela Internet. Hoje estou noiva com um rapaz que mora noutra cidade, graças ao bate-papo no computador”.

Cadastro
Os sites especializados em relacionamento, paquera, namoro e casamento cobram uma taxa mensal por esse serviço. O candidato faz o cadastro e informa as características do pretendente. O site encarrega de pesquisar em seu banco de dados alguém com o perfil solicitado e, encaminha para o e-mail a mensagem que foi encontrado uma pessoa com as qualidades solicitadas. Aí, é só entrar em contato com seu pretende virtual e marcar aquele encontro. Também, existe o bate-papo em sites gratuitos que são bastante freqüentados.

Aldeia global
Não é de se estranhar que a Internet tem sido uma alternativa favorável à comunicação. E, sem dúvida, atualmente, a mais usada. O cientista Marshall Mcluhan em 1968 delineou o conceito “aldeia global”. Ele escolheu a palavra aldeia por que é um lugar onde as relações humanas são desenvolvidas com proximidade, vizinhança e intimidade. Para Mcluhan, este modelo de comunicação adquire uma dimensão global graças à mediação da tecnologia. A experiência de Aretha Medeiros pode confirmar essa tese, “Morei dois anos em Londres e matava a saudade de minha família e amigos pelo sistema de comunicação on-line (MSN). Além das mensagens podia vê-los pela webcam. Tinha a impressão que estavam ali todos juntos compartilhando da mesma intimidade. Isso é maravilhoso”.


Cuidados
Os navegadores do ciberespaço devem se precaver de alguns intrusos de privacidade. Cuidado é a palavra chave. Para evitar internautas má intencionados não abra e-mail de desconhecidos; não informe dados de conta bancária ou cartão de crédito; verifique se o site aberto é o oficial da empresa e instale um bom antivírus.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

EMPREENDEDORISMO

DEFINIÇÃO
A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. Richard Cantillon escritor e economista do século XVIII é considerado um dos criadores do termo empreendedorismo. Para ele o empreendedor corria riscos, enquanto o capitalista fornecia o capital. Então, pode se dizer que empreendorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam á transformação de idéias em oportunidades que conduz à criação de negócios. “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização e pela exploração de novos recursos e materiais”. (Joseph Schumpeter, 1949). “Cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência. Identifica oportunidades na ordem presente”.(Kirzner, 1973). O empreendedor possui iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

SURGIMENTO
Marco Polo, como empreendedor, tentou estabelecer uma rota comercial para o oriente assinando um contrato com um homem que possuía mercadorias. Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir àquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos e utilizava os recursos provenientes do governo. No século XVII, surge a relação entre assumir riscos e empreendedorismo. O empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos, e corria todo o risco. Já no século XVIII o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados. Um exemplo foi o caso do pesquisador Thomas Edison que recebeu auxílio para as pesquisas em eletricidade e química. O processo de industrialização acentuou essa diferença, cada vez mais. E nos séculos XIX e XX os empreendedores foram confundidos como administradores que planejavam, dirigiam, organizavam e controlavam a empresa e ações desenvolvidas na empresa.

EMPREENDEDORISMO NO MUNDO
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções. Fruto de pessoas especiais, capazes de inovar, arriscar, ver o inusitado e de querer algo diferente. Dessa forma, surgiu o avião motorizado (1903), a Televisão (1923), o Laser (1958), microprocessador (1970), seqüência do genoma humano (2000), e outras tantas invenções.

No final de 1998, o Reino Unido publicou um relatório a respeito do seu futuro competitivo, enfatizando uma série de iniciativas para desenvolver o empreendedorismo. Em 1990 a Alemanha implementou um número crescente de programas que destinavam recursos para a criação de novas empresas. Em 1995 a Finlândia lançou várias medidas para dar suporte às iniciativas de criação de novas empresas. Israel intensificou o programa de incubadoras tecnológicas para projetos de empreendedorismo. A França está promovendo o ensino nas universidades engajando os estudantes em incubadoras dentro das universidades. Os EUA é o maior exemplo de compromisso nacional com o empreendedorismo (entrepreneurship) e o progresso econômico. São centenas de iniciativas dos governos locais e de organizações privadas. O governo gasta centenas de milhões de dólares anualmente em programas de apoio. E no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. De 1999 até 2002 vigorou o Programa do Brasil Empreendedor, do Governo Federal, o qual capacitou mais de 6 milhões de empreendedor em todo o país com um investimento de 8 bilhões.

EQUIPE
Em empreendedorismo um dos principais ensinamentos que podemos ter é o fato de que nada se constrói sozinho, sempre há a necessidade de trabalho em equipe. Qualquer projeto sempre terá maiores chances de sucesso se a equipe for comprometida e agregar valor, trazendo o complemento necessário para a conclusão do trabalho/projeto.

PONTOS DE DESTAQUE
● Desenvolver um Plano de Negócio eficaz; efetuar uma análise de mercado e obter informações dos concorrentes.
● Identificar e selecionar as melhores oportunidades para iniciar um negócio.
● Desenvolver um estratégia de negócios vencedora, com conselhos práticos.
● Transformar idéias em negócios.
● Não existe receita pronta.
● Os verdadeiros empreendedores surgirão de qualquer forma.

EMPREENDER
● Relaciona-se em fazer diferente, antecipar-se aos fatos, implementar idéias, buscar oportunidades, assumir riscos calculados e à busca de auto-realização.
● É a aplicação da ousadia, criatividade, inovação e persistência.
● A análise, planejamento estratégico-operacional e capacidade de implementação são elementos essenciais no sucesso de empreendimentos inovadores.
● Envolve conhecimento de tecnologia, Know-How, planejamento, equipe competente, motivação, momento adequado, idéias inovadoras e capital.
● O empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, aumento de emprego e prosperidade.
● Existem programas de apoio, cursos especializados, ONGS, Associações, eventos, seminários, publicações, etc. Para amparar as iniciativas empreendedoras.
● Criem o hábito de visitar o site www.sebrae.com.br

POSSIBILIDADES
1) Empreendedorismo de Oportunidade: o empreendedor sabe onde quer chegar; cria uma empresa com planejamento prévio; visa crescimento, lucros, empregos e riqueza.
2) Empreendedorismo de Necessidade: o empreendedor se aventura por falta de opção. Por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. Por isso, não faz um planejamento adequado.


DIFERENÇAS ENTRE O ADMINISTRADOR E O EMPREENDEDOR
ADMINSITRADOR
● Planeja – Organiza – Dirige – controla (Henry Fayol, séc. XX).
● Cria e modifica agendas – Inclui metas e planos para a organização – Desenvolve redes de relacionamentos (Kotter, 1992).
● Organiza recursos (Filion, 1997).

EMPREENDEDOR
É um administrador, mas diferente dos gerentes tradicionais. É um visionário, sabe fazer a diferença. Explora ao máximo as oportunidades. Otimista e apaixonado. Sonhador, mas faz as coisas acontecerem. Busca independência, mas constrói rede de relacionamentos. Planeja cada passo do Plano de Negócio. Valoriza o conhecimento, seus funcionários, os recursos e a tecnologia. Assume riscos calculados. Cria emprego e qualidade de vida para seus funcionários e para a sociedade.

HABILIDADES
1) Técnica: saber escrever, ouvir, captar informações, ser bom orador, organizado, liderar e trabalhar em equipe e possuir Know-How técnico em sua área de atuação.
2) Gerenciais: criação, marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomar decisão, controle das ações da empresa e ser bom negociador.
3) Pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser persistente e ser líder visionário.

4 FASES DO PROCESSO EMPREENDEDOR
1) Identificar e avaliar oportunidades.
2) desenvolver o Plano de Negócio.
3) Determinar e captar os recursos necessários.
4) Gerenciar a empresa criada.

NEGÓCIOS DE SUCESSO
1) Talento (pessoas)
2) Tecnologia
3) Capital (recursos)
4) Know-How (conhecimento)

PLANEJAMENTO
O planejamento por meio de um Plano de Negócio (Business Plan), é a ferramenta do empreendedor com a qual sua equipe avalia e identifica oportunidades, busca e aloca os recursos necessários ao negócio, planeja as ações a serem tomadas, implementa e gerencia o novo negócio.

• Know-how: conhecimento e habilidade que converge em um mesmo ambiente o talento, tecnologia e capital.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

COMPREENSÃO DO CONHECIMENTO

O Conhecimento humano é baseado e sustentado por alguns pressupostos ou paradigmas de pensamento. São diversas teorias, que tentam explicar todo o processo de desenvolvimento, assimilação, acomodação e retribuição do conhecimento adquirido. Os estudiosos/cientistas procuram, geralmente, seguir um ou mais modelos para realizar suas atividades intelectuais ou práticas. Se observarmos, até mesmo as pessoas mais simples seguem uma estrutura de pensamento em suas atividades diárias, no entanto, elas não conseguem identificá-las.

Não é nosso objetivo discorrer sobre as diversas teorias que tentam explicar a estrutura do pensamento humano. Porque, além de serem muitas, requereria disponibilidade de tempo. Mas, seria uma façanha e tanto! Por isso, faço o convite para que procurem ler, estudar sobre cada uma delas.

No entanto, mencionaremos algumas delas. Por exemplo: Dedução, Indução, Estruturalistas, Funcionalistas, Reflexologia, Behaviorismo, Construtivismo, dialética, Funcionalismo, Inatismo, Materialismo, Espiritualismo, Naturalismo, Positivismo, Pragmatismo, Maturacionismo, Psicanálise, Fenomenologia, Renascentismo/Humanismo, Psicogenética, Gestaltismo, Existencialismo, cognitivismo, Evolucionismo, Iluminismo, Geneticismo, Inteligências Múltiplas, Inteligência Emocional, Cibernética e Conexão Cerebral.

Destacaremos três paradigmas que consideramos como eixo-central, são elas:
1) Empirismo: A experiência sensorial e a observação é a única fonte confiável em matéria de conhecimento. Baseia-se nos fatos. (John Locke, Francis Bacon, David Hume).
2) Idealismo: O pensamento é a única realidade. Dominação da idéia sobre a realidade. Questiono a existência das coisas pelo pensamento. (Frederico Hegel: tese-antítese-síntese= Dialética).
3) Racionalismo: O espírito, entidade ativa do raciocínio, é o árbitro último da verdade. Ou seja, o raciocínio se impõe ao domínio da experiência sensorial. (Platão, René Descarte).


É relevante saber que considero todas essas teorias. Porém, uma delas me chama mais atenção por possui características que se aproxima mais da assimilação do conhecimento e da aprendizagem. A Teoria ou Pressuposto Teórico Socioconstrutivismo, apresenta um sujeito ativo que constrói seus conhecimentos por meio de sua própria atividade. Considera aquilo que já é conhecido pelo indivíduo. O conhecimento surge da dialética que se estabelece entre os antigos e os novos conhecimentos.

Portanto, nessa compreensão a aprendizagem depende de três dimensões:
a) Construtivista: atividade reflexiva sobre seus próprios conhecimentos.
b) Interações Sociais: dinâmica das trocas com outros aprendizes, interações entre seu pares.
c) Interações com o Meio: é na situação que o sujeito dá sentido àquilo que faz, diz ou pensa. Essa interação constitui fonte de conhecimento.



PAPEL DO PROFESSOR:

● Transmitir Conhecimentos: oral – atividades em grupo – recursos técnicos- mediáticos.
● Pensar; ler, entender, compreender, analisar, o conteúdo da disciplina
● Não é o dono da verdade. Aliás, ninguém é.
● Formar cidadãos da nova sociedade.

ESTRUTURA DA NOTÍCIA

O ser humano é um ser histórico e cultural. Portanto, cria um conjunto de ações e instituições pelas quais relaciona entre si. Dessa maneira, humaniza-se ao criar a existência social-política.

Ao observar a linha do tempo, verifica-se que na Idade Média as informações eram em forma de decretos, publicações e sermões. A partir do século XIII, a ligação comercial do oriente à Europa trouxe técnicas, mercadorias e informações. O capitalismo incentivou o artesanato e a alfabetização. Gutemberg imprimiu a Bíblia em 1452. O papel surge na Espanha no século XII e na Itália no século XIV. A Terra é redonda e o sistema solar é heliocêntrico. E, a notícia não é mais privilégio do Estado e da Igreja. A burguesia chega à supremacia econômica e com grandes influências políticas.

A Revolução Industrial mudou a estrutura da sociedade. Exigiu leitura, baixou os preços dos jornais. E o fim da censura na Europa Ocidental (séc. XIX) abriu o mercado de massa para os jornais. Apareceram a publicidade e os folhetins. O capitalismo impõe nova dinâmica, e o jornal vai se adaptar a essa realidade.

No entanto, notícias são designadas por alguém. Mas, essa operação fica oculta sob a suposta objetividade-jornalística. A notícia é um relato de uma série de fatos, a partir do mais importante. Ao elaborá-la é necessário esforço, aplicação e criatividade. Implica em desafio de perseguir a informação pelos labirintos nos quais tenta esconder-se. Para isso, deve-se ter um olhar vigilante em busca dos detalhes. A estrutura narrativa, gênero literário, organiza os acontecimentos em eventos seqüenciais temporal do primeiro ao último. Sua estrutura é lógica, mas o critério de interesse de produção pode ser ideológico, porque, atende a fatores psicológicos, comportamentais de mercado, oportunidades, etc. O processo de produção envolve as seguintes etapas: seleção dos eventos; ordenar os eventos e nomear corretamente as coisas.

A Imprensa-Jornal pode ser classificada em Comunitário, Sindical, Religioso, Político, etc. Contudo, em qualquer um deles deve-se respeitar a fonte, fazer um bom lead e dar a notícia na íntegra. Fazer notícias é como a prender a andar de bicicleta, precisa começar. A prática nas redações é fundamental. Além de ler bons livros, manuais e jornais. E, principalmente, gostar de narrar histórias.

O Jornalismo Interpretativo envolve competência analítica. Já a reportagem de Megazines organiza parágrafos introdutórios genéricos ao assunto específico para despertar o interesse do leitor.

O lead é o relato do fato principal na abertura da notícia. Sendo assim, permite ao leitor tomar conhecimento do fato principal logo no primeiro parágrafo. Laswell apresenta a seqüência lógica, “o quem fez o que, a quem, quando, onde, como, por quê e para quê?”. Existe o tipo de lead Clássico, Interpretativo, e Narrativo. Este é o mais usado. Escolha muita bem os verbos. Evite gerúndios e infinitivos. Dê preferência ao pretérito-perfeito, se a notícia é de fato acontecido. Ou no futuro se a notícia anuncia fato previsto.

A notícia deve ser simples, coerente e objetiva. Use palavras e frases curtas na ordem positiva. Restrinja adjetivos e informe corretamente às medidas, peso, distância, tempo, local e números. Esses detalhes fazem a diferença e esclarece a notícia.