domingo, 27 de maio de 2007

PREFEITO, KASSAB, DE SÃO PAULO ATACA POLUIÇÃO VEICULAR

Neste ano, iniciará a inspeção contra carros que poluem

O plano é que 5,6 milhões de veículos sejam vistoriados sem custo para os proprietários. A idéia não é multar, mas os que não forem fiscalizados perderão o licenciamento. E, para tal execução os radares vão identificar os automóveis poluidores.

A frota que circula pela cidade de São Paulo,5,6 milhões,vão passar por inspeção ambiental todo ano. Os trabalhos começam ainda nesse ano. A medida dá início a segunda fase do programa Cidade Limpa, cuja meta é reduzir a poluição do ar em 30%.
A inspeção de ônibus fretados já começou. Já o modelo aplicado a carros será definido em breve. Porém, o prefeito Gilberto Kassab já afirmou que “o proprietário não vai ser cobrado”. Como o custo de cada verificação é de R$ 50, a iniciativa tirará R$ 280 milhões dos cofres municipais.

A empresa que prestará esse serviço, terá que ganhar a licitação. “Não faz sentido ter uma estrutura própria para isso”, justifica o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Outra possibilidade é aproveitar o contrato feito em 1996 com a empresa Controlar para a inspeção de veículos. Como a licitação foi contestada na Justiça, o projeto nunca saiu do papel.

A prefeitura estima que 20% da frota municipal poluam em excesso – o equivalente a 1,1 milhão de veículos. Com a fiscalização, eles podem ter a licença suspensa e, em tese, ser impedidos de circular. Atualmente, 31% dos automóveis da capital estão irregulares, com problemas de licenciamento.

A convocação provavelmente será no período de licenciamento, e será verificado a concentração de monóxido de carbono (carros a gasolina e álcool). O tempo estimado para a vistoria ficará aproximadamente em 20 minutos. Quem não passar pela vistoria não poderá licenciar o veículo. Se os problemas não forem corrigidos, haverá multa.

A base legal usada pela prefeitura para fiscalizar automóveis é a lei federal de Crimes Ambientais, de 1998. Há ainda uma lei municipal de 2001 que determina a inspeção. No entanto, não há legislação que permita multar o excesso de poluição identificado por radares na rua. A prefeitura vai comprar os equipamentos para monitorar as emissões, identificar poluidores e encaminhá-los para inspeção.

O PAC É MAQUIAGEM LULISTA

Programa de Aceleração econômica não promove aumento de empregos

Notadamente, são 2,3 milhões de pessoas que saem à procura de trabalho. O crescimento do número de pessoas sem uma vaga no mercado de trabalho manteve a taxa de desemprego em 10,1% em abril, o mesmo percentual apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março. Em São Paulo são 1,13 milhão de desempregados em busca de emprego.

Cimar Azevedo, gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, comenta que o ano de 2007 "está frio" para o mercado de trabalho e a ocupação não cresce como era esperado. "Há uma tendência de perda de postos de trabalho num momento em que deveriam estar sendo geradas vagas". A expectativa era que a queda dos juros e o lançamento do Programa de Aceleração Econômica (PAC) já estivessem mostrando reflexos no emprego. "Não ocorreu ainda o esperado ponto de inflexão na taxa, parece que o cenário econômico não está aquecido o suficiente para melhorar o mercado de trabalho", afirma.

Para ele, "é preciso acontecer grandes obras para gerar uma entrada forte (de pessoas) no mercado de trabalho, para reduzir a taxa de desocupação que hoje está em dois dígitos". Azeredo ressalta que há continuidade da melhoria qualitativa do mercado, com aumento da formalidade e do rendimento, mas "é necessário que haja resultados mais expressivos em termos quantitativos".

Na comparação com março, o número de ocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas reduziu 0,3% em abril, com menos 68 mil vagas. Para Azeredo, a variação percentual não é estatisticamente significativa, "mas é preocupante, pois pode significar uma tendência de queda", no momento em que se esperava a geração de vagas.


São Paulo - A região metropolitana de São Paulo, que responde por 40% do emprego nas seis regiões pesquisadas, registrou uma taxa de desemprego de 11,6% em abril, ante 11,5% em março. Azeredo considera que é "preocupante" que o número de desocupados em São Paulo, que tinha aumentado 10,4% em março em relação a fevereiro, não tenha cedido em abril, mantendo muito elevado o número dos que procuram por uma vaga.


Renda - Apesar do elevado número de desempregados, o rendimento médio real dos trabalhadores prosseguiu em alta em abril e chegou a R$ 1.114,00, com aumento de 0,3% ante março e 5,0% na comparação com abril do ano passado. De acordo com Azeredo, o aumento está relacionado ao reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 350,00 para R$ 380,00 em abril, e com a manutenção da inflação em baixo patamar.