sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A INCONVENIÊNCIA DOS GUARDAS DA CPTM

Nas últimas semanas temos assistido pela mídia muitas e variadas reclamações dos guardas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Este é um tema polêmico, porque muitas pessoas defendem suas presenças nas estações e nos trêns.

Ao conversar com os usuários, não será difícil encontrar relatos que testificam o abuso de autoridade do qual alguns fazem questão de usar. Vá de truculência a desreipeito.

Claro, que não é preciso generalizar, existem àqueles que prezam pela boa educação e procuram orientar os usuários. Porém, esse tipo de profissional está cada dia mais raro. Se o objetivo é zelar pela segurança, já passou da hora do governo do Estado de São Paulo oferecer cursos de qualidade que preparem esses profissionais. Pelo visto, é o que parece não estar acontecendo.

João Soares, 23, relata que "estava encostado na parede da Estação da Barra Funda, quando chegou um guarda "marrozinho" e, além de falar grosseiramente enfiou o dedo em suas costelas pedindo para tirar o pé dali que ele não estava em sua casa".

A aluna Maria Izidora, 18, estava tirando fotos históricas na Estação da Luz quando chegou um desses guardas armado, e dirigiu-se a mim de forma grosseira dizendo que não podia tirar fotos dali. E,o pior é que ele queria pegar minha máquina fotográfica, a todo custo ,para ver se tinha tirado fotos. Achei uma atitude inaceitável".

"Estava sentado no assoalho do trêm que vai sentido Itapevi, quando veio correndo em minha direção um guarda de uniforme azul e apitou tão alto que chamou atenção de todos que estavam no vagão. E dizia que eu era muito folgada, e estava tomando espaço de outros usuários, conta, e pegando minha mochila me fez levantar a toque de apito".

Concorda-se que em todas essas situações os usuários tiveram postura errada. Contudo, ao pretender ter um trêm de qualidade e conforto, o governo deve dar o exemplo de educação, orientação, bom trato e cordialidade. Afinal, os usuários estão pagando por esse serviço, e são trabalhadores que vão para o trabalho, ou retornam para suas casas.

Um dos caminhos para solucionar essas questões, segundo a professora Rozana Aurrichio, é a reeducação dos usuários por meio de campanhas educativas nas próprias estações, nas escolas e na mídia". Conclui.

A CPTM, precisa divulgar melhora suas regras. Explicar o que é permitido, dizer seus limites, e conscientizar as pessoas por meio de informações. Explica o especialista em educação Ivan Fortunato.