sábado, 12 de janeiro de 2008

INFLAÇÃO PARA IDOSO FOI A MAIOR EM DOIS ANOS

A inflação entre a população idosa (acima de 60 anos) registrou, em 2007, o mais elevado patamar em dois anos. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. Ontem, a fundação anunciou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que subiu 5,04% no ano passado - a mais forte alta desde 2004, quando o indicador subiu 6,58%.

O economista lembrou que os preços dos alimentos "dispararam" no ano passado, principalmente no segundo semestre de 2007. Safras ruins, problemas climáticos prejudicando a oferta de itens agrícolas e forte demanda por alimentos - tanto no mercado interno quanto externo - foram os fatores que fizeram com que os preços dos alimentos ficassem mais caros no ano passado.

Esse cenário, sentido por todos os consumidores brasileiros, de uma maneira geral, teve um impacto profundo no orçamento familiar do idoso. "O grupo alimentação é o que mais pesa no cálculo do IPC-3i", disse, explicando que os idosos gastam mais com alimentos do que a média da população, em todas as faixas etárias. Entre os alimentos, o destaque de elevação de preços ficou por conta do feijão carioquinha, que subiu 128,48% no ano passado, no âmbito do IPC-3i.