terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A HISTÓRIA FASCINANTE DOS COMPUTADORES

Muitas pessoas e acontecimentos fizeram parte do desenvolvimento dos computadores

Historicamente, o primeiro artefato humano utilizado para realizar contas foi o ábaco. A sua origem remonta a Ásia Menor, em 3000 a.C. No entanto, com a consolidação do uso do papel, da caneta e da máquina de calcular de Blaise Pascal, 1642, o ábaco perdeu força no mundo dos números. Mais tarde, o matemático, Leibniz, aprimorou o invento de Pascal para realizar, além, da soma, a multiplicação.
A partir de 1820, as máquinas que elaboram cálculos de forma mecanicamente começaram a ser amplamente utilizadas. E o matemático, Charles de Colmar, inventa uma nova calculadora que consegue realizar as quatro operações aritméticas.

Os computadores como os conhecemos hoje, deve-se a Charles Babbage, matemático inglês, que em 1812 percebe uma "harmonia natural entre máquinas e matemática". Para Babbage, as operações matemáticas poderiam ser desenvolvidas com mais agilidade e confiabilidade. E, estimulado por isso, idealizou uma máquina a vapor que seria capaz de realizar cálculos complexos. No entanto, nunca foi construída. Mas, sua idéia foi fundamental para o progresso da computação mecânica.

Em 1889 Herman Hollerith, inventor americano e fundador da empresa que deu origem à IBM, via-se à volta com um problema norte-americano: realizar o censo demográfico e divulgar resultados em pouco tempo. Para se ter uma idéia, o censo realizado 10 anos antes, foram necessários sete anos para se chegar aos resultados. Porém, a máquina de Hollerith apresentou o resultado em seis semanas.

Apesar dessa vantagem os computadores mecânicos funcionavam com muitas engrenagens e um sistema muito complexo. Por conta disso, em 1903, é proposto um computador 100% eletrônico, que utilizaria a álgebra booleana do verdadeiro ou falso (0 e 1). Esta é a base dos sistemas computacionais até os dias de hoje.

Mas, foi a partir da II Guerra Mundial que o desenvolvimento dos computadores eletrônicos ganhou força. Os governos perceberam o potencial estratégico dessas máquinas e procuraram tirar proveito. Assim, os alemães desenvolveram o Z3 - computador capaz de projetar aviões e mísseis. Os britânicos desenvolveram o Colossus, utilizado para a decodificação das mensagens alemãs.

Esses computadores eram capazes de realizar um grande número de operações em alta velocidade. Porém, somente os especialistas operavam essas máquinas. Além de gastarem muita energia, apresentavam vários problemas técnicos e funcionavam com válvulas eletrônicas refrigeradas a ar condicionado, entre outras variáveis.

Com o fim da II Guerra, e o início da Guerra Fria, a corrida pelo desenvolvimento de novos computadores mais poderosos aumentou. Um marco neste desenvolvimento foi à construção do Electric Numerical Integrator and Calculator (ENIAC), criado por John Eckter e John William em 1946 para fins militares. Ele era tão grande, que consumia energia equivalente a um bairro inteiro da cidade da Filadélfia (EUA). Diferentemente dos outros computadores fazia várias operações ao mesmo tempo, semelhante aos atuais.

Em meados dos anos 40, John Von Neumann, juntamente com a equipe da Universidade da Pensilvânia (EUA), propõe a arquitetura de computadores que marcaria e alavancaria o desenvolvimento dos computadores até os dias de hoje. Esta arquitetura era formada por uma unidade que centralizaria o processamento da máquina (CPU).

Com o tempo, os componentes do computador foram mudados das dispendiosas válvulas, para os mais baratos, econômicos e "miniaturizáveis" transistores. Com isso, os computadores puderam diminuir de tamanho, e consumir menos energia. Isto os tornava mais acessível, física e economicamente, para outras pessoas e instituições.

Além disso, para fazer com que a máquina executasse as funções que se desejava era necessário que o programador desenvolvesse linguagem específica. No início foi demasiadamente complicada. Mas com o passar dos tempos, as linguagens foram se tornando mais inteligíveis.

O último marco desta evolução foi criação dos sistemas operacionais, dos quais o Windows é um exemplo. Estes sistemas permitem que vários programas estejam rodando ao mesmo tempo, conferindo grande flexibilidade ao uso do computador.

Por conta disso tudo, os computadores começaram a se tornar mais baratos, mais "amigáveis" e mais "úteis" às pessoas comuns. Sobretudo, a partir da década de
80 os computadores começaram a se popularizar.