terça-feira, 15 de julho de 2008

A LEI SECA

Diante de tantos choros, lamentações e tristezas alguma medida drástica tinha que ser tomada: chegou a hora

O brasileiro tem acompanhado nas últimas semanas,pela mídia, o trabalho da Polícia em todo território nacional. Esta abordagem tem a função de descobrir quais são os condutores que estão bebendo algum tipo de bebida antes de pegar no volante. Devido a frequência de acidentes gravíssimos, alguns fatais e outros que deixam sequelas o Governo tomou uma decisão radical: O condutor veicular que for pego dirigindo bêbado será preso. Esta é a: "Lei Seca".

"Estava na Marginal Tietê, quando vi um carro na zigue-zague. O motorista estava embriagado, e claro terminou batendo na traseira de outro veículo".Relata o motorista de caminhão, José Arceno da Silva. Aliás, quem nunca presenciou um motorista dirigindo embriagado? E, nos últimos anos com o crescente consumo de bebidas alcóolicas essa cena tornou-se comum no Brasil. O índice de adolescentes, jovens e pessoas idosas envolvidas em acidentes aumenta cada vez mais nas estatísticas hospitalar e de Boletim de Ocorrência.

Algumas pessoas estão aprovando a "Lei Seca", outras constestam. Mas, cabe lembrar que Lei é para todos. Ninguém pode ser melhor que o outro. Claro, que todos tem o direito de se manifestar, até porque o regime é democrático. Porém, as estatísticas apresentadas pelo Governo testificam que está funcionando. Nos últimos levantamentos foi demonstrado que caiu o índice de acidentes em todo território nacional; e aumentou o número de pessoas presas por não respeitar essa lei.

Se existe uma soma que o resultado é negativo para todos (governo e família) é esta: “direção + álcool”. Porque, geralmente, termina em gastos altíssimos para os cofres públicos e em perdas, ou tristezas para as famílias.Mas, acredita-se que está próximo de um fim favorável para todos. A Lei Seca que entrou em vigor no dia 20 de junho, procura proibir pessoas que insistem em dirijem sob a influência do álcool.

A questão jurídica que envolve essa lei, é a recusa do uso do bafômetro nas operações policiais. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apresenta que 30% dos motoristas reprovam o uso do bafômetro nas operações da polícia – que a considera abusiva e completamente radical.

A Jornalista, Marizet Fonseca de Lima, diz "o Governo Federal foi ditador, foi radical. Todos tem o direito de ir e vir. A constituição brasileira me garante esse direito", Conclui. Antônio Medeiros, 25, “Não sou a favor, tenho o bom costume de beber com meus amigos, e agora tenho que ficar medindo meu limite de consumo".

Estudos revelam que um copo de cerveja já é o suficiente para alterar o reflexo de qualquer motorista. E na mulher o efeito do álcool é mais agravante. Então, não tem dessa: "bebo sim, e vou bebendo e dirigindo". Chegou a hora da consicência e da responsabilidade. Não se pode colocar a vida de outras pessoas em risco. O automóvel pode ser transformado numa arma que destroça a vida, mutila orgãos, arrasam emocionalmente famílias inteiras. E, geralmente quem bebe não assume que coloca a sua vida e a de outras pessoas em risco. Esse tipo de comportamento esta cada vez mais comum em todas as faixas etárias. A falsa auto-confiança é uma das características da personalidade que o álcool propicia ao usuário. Por essa razão,a coragem é um dos fatores que levam os motoristas a dirigirem embriagados. E o resultado foi drástico: "17 mil pessoas morreram em 2007" segundo dados do Ministério da Saúde.

Uma das soluções aos que não podem ficar sem um "copo" é ir de taxi, ou escolher um amigo que não bebe para levá-lo de volta. São medidas simples que resolvem. A sociedade espera que esta lei venha conscientizar as pessoas e que o Governo compre mais bafômetro e distribua por todas as estradas brasileiras. E, principalmente que a fiscalização continue. Alguns motoristas afirmam que não irão criar provas contra si próprio. Ou seja, para esses ao utilizarem o bafômetro, estão confessando sua culpa; e que essa atitude fere o princípio constitucional. A legislação prevê que diante da recusa, todas as penalidades devem ser adotadas.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entrou com uma ação declaratória de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo: a diminuição do faturamento nos bares e o valor da multa, que é desproporcional ao delito. Cabe lembrar que o povo brasileiro é criativíssimo, e poderá descobrir soluções favoráveis sem perder seus lucros. Em vez de ir contra a lei, a Abrasel deve buscar alternativas, soluções mais inteligentes. Dessa forma, até a sua imagem ficará melhor perante todos.

Contudo, alguma medida teria que ser tomada. Não se poderia continuar ter tendo acidentes como outrora. Espera-se que a Lei Seca continue por muitos e muitos anos.