sábado, 28 de abril de 2007

AS CÉLULAS-TRONCO ALIMENTA ESPERANÇA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS IRREVERSÍVEIS

Nos últimos meses, a discussão sobre a terapia com as céuluas-tronco tem ganhado fôlego entre seus defensores

Voltar a andar, têm sido a esperança de muitos que por algum motivo está inválido numa cama, ou sentado numa cadeira de rodas. Sem dúvida, os maiores interessados no assunto, no desenvolvimento e continuidade de novas pesquisas são os portadores de doenças neuromusculares, mal de Parkinson, diabetes e lesões na medula espinhal. Atualmente, já é prática entre os especialistas de todo mundo realizarem a terapia com células-troncos adultas. O empecilho está no avanço das pesquisas com as células-trocos embrionária.

As células-troncos possuem a capacidade de reconstruir alguma parte do corpo humano. Daí a grandeza de seu estudo e aplicação em tratamentos considerados irreversíveis aos tratamentos tradicionais. Elas se reproduzem em tecidos do corpo como ossos, músculos, nervos e também sangue.

O Brasil vem se destacando nesses estudos, e a lei Biossegurança no artigo 5º, afirma que é permitido o uso das células-tronco embrionárias de embriões humanos desde que eles tenham sido fecundados artificialmente, sejam descartáveis ou estejam congelados há mais de três anos.

Para a professora de genética na Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, Mayana Zatz, "toda célula é vida, um coração a ser transplantado é vivo, mas não é um ser humano. Defendo que, da mesma maneira que um indivíduo em morte cerebral doa órgãos, um embrião congelado possa doar suas células".

O médico Marcelo Vacari Mazzenoti, tem uma interpretação contrária "utilizar células-tronco adultas em diversas situações, como doenças de chagas, doenças auto-imunes, acidentes vasculares cerebrais, lesões de medula espinhal e doenças genéticas, dentre outros. Já com relação à utilização de células-tronco embrionárias, não há fato objetivo e concreto que confirme a sua utilidade" afirma.

As células-tronco adultas são encontradas em vários tecidos do corpo, mas entre os locais mais utilizados estão a medula óssea, placenta, cordão umbilical e o fígado. Contudo, as pesquisas até o momento indicam que são limitadas para a reprodução de alguns tecidos do corpo. Mas, a vantagem está no baixo índice de rejeição por serem extraídas do próprio paciente.

Já nas células-tronco embrionárias, em fase de estudos, concentra-se maior expectativa. Pois, é apartir do embrião que são reproduzidos qualquer tipo de tecido humano. "Dessa forma, possibilita maiores chances de terapia-celular", comenta a Dr. Mayana Zatz.